Apesar das melhorias observadas, o Brasil ainda tem um longo caminho a ser percorrido para atingir o patamar de um país ambientalmente equilibrado. Os desafios relacionados a resíduos sólidos, áreas contaminadas, água, efluentes e emissões atmosféricas são imensos.
São aquelas relacionadas a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético, entre outras destinações admitidas pelos órgãos ambientais. São exemplos de destinação final de resíduos: Aterros (Sanitários, de Inertes e Industriais), Coprocessamento em fornos de cimento, Incineração, Biodigestão, etc.
A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos contém instrumentos importantes para o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. A PNRS prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado). Institui também a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos na Logística Reversa. Cria metas importantes que contribuem para a eliminação dos lixões e elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadores de materiais recicláveis tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva. Apesar de ainda não estar plenamente aplicado, esse marco legal exige ações relevantes de Prefeituras e Empresas para adequação do gerenciamento de seus resíduos sólidos.
De acordo estudo publicado em 2015 pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), os principais números nacionais são:
• Geração de 79,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (crescimento de 1,7% entre 2014 e 2015, apesar da crise econômica);
• Coleta de 72,5 milhões de toneladas (as 7,4 milhões de toneladas não – coletadas foram lançadas em ruas, rios e córregos);
• 41,3% dos resíduos coletados foram destinados para lixões (representando grave impacto ambiental, social e econômico);
• 3.326 municípios ainda usam lixões para destinação final de resíduos sólidos.